sábado, julho 28, 2007

Missão humanitária no Darfur


Na próxima 3ª feira, 31 de Julho, pelas 21h30, será feita, na Casa da Cultura José Bento da Silva, em S. Martinho do Porto, a apresentação da experiência da médica alemã Bárbara de Matos Marques.
Esta médica vive na Venda Nova, S. Martinho do Porto, e participou numa missão humanitária num campo de refugiados de Darfur.
O registo da sua permanência no campo de refugiados é impressionante e a sua vontade de continuar a ajudar aqueles refugiados leva-a a dar a conhecer a sua experiência a todos nós, com a força que só quem lá esteve consegue transmitir.

12 comentários:

Anónimo disse...

Amigo Ernesto,

Deve de ser interessante, vou tentar ir até lá.

Um abraço

António Inglês disse...

Amigo Ernesto

Fiquei a saber bem cá do cimo de Portugal dessa sessão na Casa da Cultura de São Martinho do Porto.
Como tenciono regressar hoje ao fim do dia, amanhã lá estarei para ouvir.
Um abraço minhoto
José Gonçalves

Ernesto Feliciano disse...

Amiga Aramis,

Também penso que sim.
É uma interessante história de vida que nos tem a contar.

Ernesto Feliciano disse...

Amigo José,

Boa estadia e bom regresso.

Um abraço.

Rakel Macedo disse...

Foi efectivamente interessante ontem a palestra da Drª Barbara. É diferente ouvir falar de países tão distante como o Sudão na 1ª pessoa do que assistir no telejornal.
Foi com satisfação que vi a Casa da Cultura cheia, apesar de ter de admitir que a maioria das pessoas presentes pertencem à comunidade britânica da zona. A aderência de pessoas de são martinho foi mais diminuta mas, no entanto, estiveram presentes.

Anónimo disse...

Gostava que me explicassem como é que uma alemã, tem nome português!
Ah! E já agora essa senhora estava credenciada para fazer peditórios?
Que organização representa?
Está inscrita em que Ordem de Médicos?
Na embaixada Alemã é conhecida como médica?

Ernesto Feliciano disse...

Caro anônimo,

Não me foi possível estar presente nesta iniciativa da Casa da Cultura, pelo que não sei o que se passou.
A noticia no blog surge através de email que me foi enviado pelo presidente da Casa da Cultura, dando conta da actividade, que como tem sido hábito divulgo no meu blog.
Deste modo solicito-lhe que concretize as suas dúvidas.
De igual modo, solicito a quem tenha estado presente, que ilucide este anônimo.
Por exemplo, pelo comentário anterior, a Raquel esteve presente, e achou muito positiva a iniciativa.

Anónimo disse...

Meu caro Ernesto

Estive como sabe nesta apresentação e confesso que gostei da apresentação feita, embora tenha manifestado no fim da mesma ao Cipriano a minha admiração pelo facto de ver a sala repleta da comunidade estrangeira, creio que irlandesa, uns residentes outros de passagem, e não ver mais de 5/6 pessoas portuguesas e residentes em São Martinho do Porto, ainda para mais, dessas, pelo menos duas fazem parte dos orgãos sociais da CC.
Mais uma vez ficou demonstrado o quão difícil é mobilizar a população local.
Quanto às dúvidas levantadas por um anónimo, tenho de confessar que também a mim me fez espécie que uma iniciativa destas não tenha sido patrocinada pela organização médica ao abrigo da qual esta médica alemã esteve em campanha num dos campos de Darfur no Sudão, mas a nobre causa, a colaboração da CC e o facto da médica em questão ter morada na Venda Nova, depressa me fizeram desaparecer qualquer dúvida que por momentos me tenha assaltado, ou até me tenha sido soprada ao ouvido.
A exposição e testemunho da médica foi ilustrada por fotos e pareceres da própria, tendo a mesma quando inquirida no final sobre as questões de ordem politica que estão na origem do gravíssimo problema, nomeadamente a venda de armas da China para que o problema se mantenha e agrave, evitado a resposta por não se querer intrometer no problema político, o que até certo ponto compreendi.
Respondeu ainda a muitas questões que lhe foram levantadas, tendo eu próprio perguntado à Drª Bárbara: que solução na opinião dela existiria, ou se a situação não tinha mesmo solução?
No entanto, relembrando agora tudo o que se passou, verifico que realmente no final da exposição foi solicitado aos presentes que colaborassem monetariamente para a causa, até porque durante a apresentação alguém da assistência questionou precisamente a médica sobre que tipo de apoios necessitaria, se instrumentos? medicamentos? ou dinheiro? e a resposta foi precisamente a de que preferiria dinheiro pois assim compraria ela própria o que necessitasse para levar em nova missão. Ora sempre pensei que qualquer médico que integre uma organização médica, numa campanha deste tipo estivesse impossibilitado de angariar donativos a titulo pessoal, mas isto se calhar será a minha ignorância e não valorizei a questão até porque também contribui de imediato.
Também nos foi pedido que subscrevesse-mos um abaixo-assinado a enviar ao embaixador alemão no sentido de o alertar para o tráfico de armas que se faz sentir no local, petição aliás que corre pela Net.
Tudo isto no momento me pareceu normal, perante a nobreza e coragem da Drª Bárbara e de tantos outros médicos que actuam no terreno em situações semelhantes, lembro a AMI, que me informaram antes estaria ali representada por 8 ou 9 médicos, o que não aconteceu.
Mas as dúvidas levantadas pelo anónimo deixam no ar algumas incógnitas que estou certo a Casa da Cultura não deixou de clarificar atempadamente.
Por isso meu caro anónimo, isto foi o que se passou de concreto nesta sessão, e ninguém saberá responder ás questões que levanta, porque também ninguém as colocou durante esta sessão.
Estou certo que o Cipriano, saberá dar-lhe a resposta adequada, embora lamente que o caro anónimo não se tenha identificado, o que desde logo me parece pouco correcto.
António Inglês

Ernesto Feliciano disse...

Amigo António,

No seguimento do seu comentário, bem como do anterior comentário de um anônimo, e porque considero deveras importante o esclarecimento de algumas questões que aqui foram remetidas, enviei email ao presidente da Casa da Cultura para que nos possa dar esse esclarecimento.

Anónimo disse...

Olá
Voltei.
Deixei por aqui algumas dúvidas e vou mais longe.
A Senhora Drª Bárbara tem um nome bem português, seguramente deve ter sido traduzido. Mas em que terra aprenderam a traduzir nomes?
Mas, a senhora afinal não falava portugês, pois tinha uma tradutora. Estarei Certo?
É estranho.
Por acaso, sei que não por razões de segurança não existem cidadãos estrangeiros a efectuar qualquer actividade no Darfur, a não ser que estejam integrados em organismos internacionais. Ora essa senhora disse que estava a actuar isolada de qualquer organização. Ora não bate a bota com a perdigota.
Depois, é proibido fazer angariação de donativos sem a necessária autorização do Governo Civil. Mas, essa Senhora não tinha qualquer autorização. Mas é interessante que esclareceu logo que preferiria dinheiro ... pois assim ela sabe onde o empregar melhor. Medicamentos não lhe devem interessar.... não deve estar doente.
Mas confesso que não vos julgava tão ingénuos. Reconheço que se tenham deixado enredar pelo mail da Casa da Cultura. Mas esses então são mesmo trouxas. Que raio, não sabem discernir nada de nada.
Fazem um folccore total e não percebem que ninguem faz voluntariado de forma isolada no Darfur. Ou será que só vêm doentinhos, criancinhas e velhinhos a morrer de fome. Será esse o problema do Darfur?
Bem estas coisas devem ser analisadas com rigor e frieza
Investiguem.

Cipriano Simão disse...

Caro Ernesto
Peço desculpa de só agora responder, mas não consultei antes, nem o seu blogue, nem a minha caixa de correio.
Respondo-lhe com um comentário ao blogue, por me parecer mais eficaz.
Não procurei verificar as habilitações académicas da Dra. Bárbara porque me parece irrelevante para a comunicação que veio fazer. A organização alemã Humédica para a qual prestou voluntariado médico é que teria de o fazer. Nós apenas acedemos que aqui fizesse a apresentação da sua experiência no Darfur.
Também não sei como se escreve, nem como se pronuncia Bárbara em alemão. Aparentemente é casada com um português (não pedi certidão de casamento) e usa o seu apelido. Vive na Venda Nova, em S. Martinho do Porto. Fala português, mas não fluentemente, pelo que decidiu dirigir-se à assistência em inglês e pediu a uma amiga que traduzisse para português. Referiu as dificuldades em fazer chegar materiais ao Darfur e apresentou o seu projecto pessoal de adquirir equipamento de Laboratório para levar na sua próxima missão de voluntariado, com a organização Humédica. Pediu que a ajudassem com donativos. Quem quis, deu. Não me parece que alguém se tivesse sentido enganado.
A sala esteve cheia, com mais de 70 pessoas, principalmente com a comunidade estrangeira (que ela bem soube mobilizar para esta apresentação) residente na Serra dos Mangues, na Venda Nova, em Salir, na Boavista, etc. Pareceu-me que também havia alguns estrangeiros de férias em Portugal. Havia também muitos portugueses (lembro-me agora de, pelo menos 18), embora muitos deles (talvez demasiados) tivessem feito as suas intervenções em inglês...
Acho que a Casa da Cultura cumpriu a sua obrigação ao atender o pedido de divulgação da experiência pessoal da Dra. Bárbara no Darfur e todos ficamos a conhecer melhor uma das facetas daquele problema: o lado humanitário.
Quanto a si, Ernesto, mais uma vez agradeço publicamente o facto de divulgar as actividades da Casa da Cultura, mesmo quando envio as notícias apenas para seu conhecimento pessoal.
No que respeita à natureza dos comentários anónimos, grosseiros e ofensivos, não teço mais considerações, pois considero que há posturas na vida pelas quais se opta muito cedo e olvidá-las seria retroceder.
Um abraço
Cipriano Simão

Rakel Macedo disse...

Bom dia!

Só agora me foi possível consultar novamente o Blog e assistir à celeuma provocada por algo tão bonito como a demosntração dos actos humanitários nos quais a Drª Barbara participou no Darfur.

Fico com pena que mesmo sendo uma coisa tão simples, para a qual eu fui de coração aberto e sem ter quaisquer tipo de dúvidas ou de imaginar que teriam 2ªs ou 3ªs intenções, e entretanto se tenha conseguido alterar todo o significado de tal palestra.

Estavam presentes portugueses sim, mas confesso que perante as fotografias apresentadas e o discurso efectuado na 1ª pessoa não me pus efecivamente a con´tar quantos seriam na assistência.

Depois de ler os comentários colocados interrogo-me se o sr anónimo que aqui levanta tantas questões difamatórias estaria presente na mesma. Tal não me parece senão não poderia afirmar de todo que a Drª Barbara tenha dito que actua isoladamente no Darfur. Ficou bem claro. para quem esteve atento (e não quiça a contar os portugueses presentes) que a Drª esteve no Darfur através de uma organiação alemã.

Em relação ao peditório. Foi feito sim um pedido no final da palestra que quem quisesse ajudar poderia contribuir para a Drª Bárbara levar para o Darfur material para construir um laboratório. Ninguém foi enganado, a ninguém foi sugerido que o dinheiro seria entregue fosse a que instituição fosse. Quem não estivesse de acordo com tal atitude simplesmente não contribuiria. Eu, confesso, não o fiz. Por uma questão de deisão pessoal prefiro dar donativos às instituições directamente em vez de a pessoas singulares. Logo não contribuí. Mas, nunca em altura nenhuma pus em causa o bom nome ou as intenções da Drª Bárbara.

Mais uma vez lamentavelmente vamos bater no ponto habitual: em são martinho poucas são as pessoas que tomam iniciativas. E quem acaba por as tomar é, na maioria das vees, condenado em praça pública.

Até sexta feira na tertúlia, no local muito do meu agrado. :) Confesso que foi o local onde escolhi para celebrar o meu casamento.