A Câmara Municipal de Alcobaça foi obrigada a encerrar um caminho, no Facho, que a Junta de Freguesia de S. Martinho do Porto tinha alargado e arranjado.
A queixa de um morador daquela zona ao Ministério do Ambiente provocou, segundo a Junta de Freguesia, “o encerramento da estrada à circulação automóvel”.
O caminho em causa, que vai da rotunda do Vale do Guizo até ao Facho, percorre uma vasta área de encosta junto à falésia, referenciada há vários meses pelos serviços do Ministério do Ambiente como sendo “de risco” devido à grande instabilidade da arriba.
A área, onde foram construídas ao longo de anos algumas habitações, é zona de REN (reserva ecológica nacional) e foi considerada, mais recentemente, depois de um acidente mortal com uma arriba numa praia de Peniche, como um pedaço do território do concelho de Alcobaça de alto risco, devido à ameaça iminente de derrocada da falésia, vítima da erosão e da pressão urbanística.
O encerramento da estrada, “feito a mando do Ministério do Ambiente”, segundo disse o presidente da Junta, Antunes Pereira, causou, ainda assim, forte indignação junto dos populares.
Arlindo Bento, um dos habitantes revoltados com a situação, entende que o “caminho só foi encerrado por pressão de um funcionário da Câmara Municipal de Alcobaça” e em virtude de, naquele local da freguesia, estar instalado “um condomínio de Luxo”, “construído e duvidosamente licenciado em zona de domínio público marítimo”, acrescenta.
Arlindo Bento adianta que o encerramento do caminho “priva os moradores de um acesso às suas casas”.
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1 comentário:
Nao tenho qualquer dúvida sobre os licenciamentos "DUVIDOSOS": quase todos sao devidos a actos de corrupçao.
Quem é responsável?
Sugiro que se faça um levantamento exaustivo de todas essas situaçoes que ocorreram nos últimos 15-20 anos em S. Martinho.
Se houvesse justiça, haveria demoliçoes compulsivas e nao voltariam a repetir-se muitos dos crimes urbanísticos.
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