segunda-feira, junho 04, 2007

Turismo, cultura e ambiente lúdico em S. Martinho


Com as últimas “conversas” na sequência do artigo do amigo António Inglês, “Incoerência e ingratidão políticas”, aqui estou eu a lançar o tema sobre o que fazer para reavivar o turismo, a cultura e o ambiente lúdico em S. Martinho.
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Parece-me existirem 3 perspectivas na análise desta questão:
- A dos habitantes de S. Martinho do Porto;
- A da população representativa do turismo permanente;
- A da população representativa do Turismo ocasional,
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Sob três planos distintos:
- Económico;
- Social;
- Cultural.
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Perspectiva dos habitantes de S. Martinho.
Para os habitantes de S. Martinho, afiguram-se importantes os três planos referidos anteriormente.
S. Martinho, para além dos habitantes tradicionais que caracterizam o “tecido” da população da vila, dispõe hoje de um sector populacional mais alargado.
S. Martinho tende a tornar-se um dormitório de centros populacionais mais desenvolvidos, como Caldas, Alcobaça, Marinha Grande ou até Lisboa. Neste contexto, há famílias que, ou já decidiram, ou poderão vir a decidir, estar em S. Martinho com carácter permanente.
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Plano económico:
Para estas pessoas, é vital a existência condições para disporem de um sector económico em S. Martinho que lhes comece a conferir alguma autonomia. Claro que estas condições visam o desenvolvimento de todos os sectores de actividade mas, neste caso particular, irei concentrar-me fundamentalmente no do turismo. Quanto mais não seja porque o desenvolvimento deste sector de actividade, arrasta necessáriamente muitos outros.
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O primeiro ponto de explanação prende-se com a forma de criar as infraestruturas turisticas para aproveitar o maior potencial que esta vila pode oferecer.
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Plano social:
A criação das condições para o desenvolvimento económico, tem como reflexo, a melhoria das condições sociais. Neste sentido, espera-se que existam condições sociais para todos os escalões etários.
Particularmente, aos jovens de S. Martinho, devem ser disponibilizadas as condições para o seu desenvolvimento escolar e para poderem ocupar os seus tempos livres com actividades enriquecedoras.
O turismo, pode ser um excelente veículo para o conseguir.
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O segundo ponto de explanação prende-se com o que é necessário fazer para garantir a melhoria das condições sociais.
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Plano Cultural:
Dispor de uma população em crescendo, sem lhe garantitr a “alimentação da alma e do espírito”, ou seja, sem lhe agarantir o acesso aos aspectos culturais, é condená-la.
É necessário que se proporcionem espaços e iniciativas culturais à população, e se aproveitem como complemento à oferta turística.
Como complemento, gostaria de abordar também a necessidade de existência de espaços lúdicos, por forma a não obrigar as pessoas de S. Martinho em geral, e os jovens em particular, a deslocar-se para fora da vila, sempre que pretendem encontrar um local deste tipo.
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O terceiro ponto de explanação prende-se com o que é necessário fazer para que existam em S. Martinho pontos de interesse cultura, cativadores da população, independentemente do escalão etário a que pertençam.
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Perpectiva da população representativa do turismo permanente.
Para as pessoas com visitas assíduas a S. Martinho, com o fim de gozar os seus dias de descanso, é muito importante que se consigam atingir patamares elevados nos planos Económico e Cultural / Lúdico. Estes dois planos julgo serem factores directamente influenciadores de uma maior afluência e frequência deste tipo de turismo.
Dispor de alternativas para alojamento, para acesso a bens de primeira necessidade, para diversão, com comodidade, higiene e segurança, são factores decisivos para que muitas pessoas aumentem a frequência na “nossa” vila, aproveitando os fins de semana, ou os períodos de descanso suplementares.
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O quarto ponto de explanação, prende-se com o que é necessário fazer, em termos de edidillidade e contributo da população, para para garantir os aspectos focados anteriormente.
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Perpectiva da população representativa do turismo ocasional.
Para provocar a vontade de, quem não conhece S. Martinho, ou não está “habituado” a vir a S. Martinho, terão de existir condições que cativem este tipo de turismo, bem como os meios de divulgar o que aqui existe.
Neste contexto, parece-me existir uma forte lacuna de informação e de infraestruturas que permitam atingir este segmento. Mais uma vez, os Planos Económico, Cultural/Lúdico, podem ser decisivos para uma alteração deste comportamento no curto prazo.
O Plano social, pode ser influenciador, se no médio prazo, os jovens começarem a perceber como pode ser importante o seu contributo no desenvolvimento da terra, através da sua actividade em prol deste objectivo.
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O quinto ponto de explanação, prende-se com o que pode ser feito para chamar e cativar o turismo ocasional, e para definir e entregar actividades aos jovens, visando este objectivo.
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A diversidade de temas relacionados com esta questão do “Turismo, Cultura e Ambiente lúdico em S. Martinho”, levou que o texto se alongasse um pouco mais que o indicado.

Um abraço,
Kamikase

21 comentários:

rendadebilros disse...

Pois, caro Ernesto, se me dá licença , vou andar mais atenta ao seu blogue... vou colocar ligação directa para aqui.
Muito obrigada por ter passado...

Ernesto Feliciano disse...

Amigo Kamikase,

Antes de mais os meus agradecimentos pelo seu artigo, pleno de qualidade e de oportunidade.

Parece que realmente falámos antes de fazer o texto, o que não aconteceu, pois o seu artigo vem ao encontro do artigo anterior que publiquei no blogue "residências habituais vs residências sazonais".

Quanto ao seu artigo, aborda de um modo geral as questões do turismo, da cultura e do lazer.

Tema sempre actual e propício a grandes debates.

Mas na nossa freguesia, nestas áreas, e infelizmente, muito há a fazer.

E queria, neste comentário, falar-lhe na juventude.

A preocupação com os jovens deverá estar obrigatoriamente patente em todas as acções das autarquias, seja na promoção de um melhor ambiente, de mais e melhores acessibilidades, ou na organização de iniciativas na área da cultura, turismo e desporto.

Apostar na juventude não é mais do que investir no futuro da Freguesia de S. Martinho do Porto, na medida em que os jovens serão os cidadãos de amanhã.

Assim, deveria-se apostar no desenvolvimento físico-emocional, intelectual e social dos jovens, complementando a sua actividade através da criação de espaços de apoio, destinados especificamente aos jovens, de modo a dar resposta às diferentes solicitações colocadas.

Deveriam ainda ser organizadas actividades de ocupação de tempos livres, permitindo a demonstração do talento e as qualidades dos mais novos.

Neste último caso estou a lembrar-me de imediato na feitura de um programa de ocupação de jovens para o Verão.

Ernesto Feliciano disse...

Amiga "Renda de Bilros",

Volte sempre a este seu blogue amigo.

Anónimo disse...

Caríssimos

Ernesto, gostaria de lhe agradecer duplamente. O elogio e a oportunidade de poder participar activamente neste espaço de troca de ideias e experiências.

Tal como lhe referi quando me apresentei a si, primeiramente por e-mail, gostaria de partilhar as minhas ideias neste blog, com o intuito de modestamente contribuir para a “discussão” sobre o desenvolvimento de S. Martinho.

Complementarmente, sempre me pareceu existir vontade das pessoas que aqui comentam, em conseguir encontrar soluções para os problemas que elas identificavam.

Foi com este intuito que aceitei o desafio lançado publicamente pelo António Inglês e me propus lançar as pistas para uma saudável e construtiva explanação de ideias.

Pegando no seu tema de abertura, os jovens e a sua ocupação, julgo ser um tema crítico para os S. Martinhenses.

Há que ocupar os jovens, mas como?..

Ocupá-los em actividades de cariz diverso: (alguns exemplos)
- Actividades desportivas: praticando desportos diversos, organizados em equipas para competição, exibição, ou como animadores desportivos;
- Actividades de Segurança: apoiando na segurança das praias, como nadadores salvadores, ajudando a atravessar as passadeiras durante o período balnear, prestando informações aos turistas;
- Actividades de apoio: apoio aos idosos (maiores), aos mais pequenos, através de programas de ocupação,
-Acções formativas ou de orientação: dando formação na prática de desportos aquáticos, como remo, canoagem, vela, natação,
- Acções de acompanhamento: a idosos e crianças, pois todos sabems que muitos jovens de S. Martinho são procurados durante a época balnear para baby-sitting.

As actividades devem permitir um leque vasto de opções, com rotação dos jovens por várias actividades, para evitar concentração

As actividades devem ter objectivos definidos. Para os jovens, em particular, é importante que eles conheçam esses objectivos e saibam quais as contrapartidas que vão obter. Eles sentir-se-ão reconhecidos, mesmo que as contrapartidas sejam simbólicas.


Quem deve organizar e coordenar estas actividades e os grupos de jovens?

As entidades de cariz social e associativo, devem contribuir para este trabalho.
Junta de Freguesia, clubes e associações, Fundação e Grupos de jovens organizados institucionalmente, ou não, GNR e escolas.

Quando exercer estas actividades?

As actividades podem ser realizadas durante todo o ano, com maior incidência durante os períodos de maior fluxo de turismo.

Durante o ano faz-se a preparação dos jovens para as actividades que escolheram, para que durante os fins de semana e férias as possam exercer com qualidade.

Esta é apenas uma abordagem de uma parte da questão da ocupação dos jovens.

Um abraço

Kamikase

Anónimo disse...

Meu caro Kamikase

Antes de mais quero felicitá-lo por ter respondido ao desafio que lhe lancei e da forma tão elaborado como o faz.
Faz uma abordagem ao tema através de três perspectivas diferentes que são :
- A dos habitantes de São Martinho do Porto;
- A da população representativa do turismo local;
- A da população representativa do turismo ocasional;
E sob três planos diferentes.
- O económico
- O social
- O cultural
Ora bem. Sob o ponto de vista de politica de Turismo, embora possa ser analisada da forma como o faz, não é seguramente a que mais me atrai, dado que a meu ver o que importa mesmo é criar nova dinâmica, novos projectos, novos incentivos e mais infra-estruturas para o desenvolvimento, turístico, cultural e de lazer.
A meu ver, qualquer faixa populacional contemplada na sua abordagem, aquilo que quer mesmo é ver satisfeitas as suas necessidades de cariz turístico, lúdico, cultural e económico.
Desde logo, porque se uns, (os habitantes), pugnam por melhorias económicas provenientes desse desenvolvimento turístico seja de que maneira for, ora alugando as suas casas em períodos de férias ou fins de semana, ora facturando mais em seus negócios por força de um crescendo turístico que isso provoca, outros, (os turistas locais ou ocasionais) aquilo que verdadeiramente procuram é conforto, comodidade, lazer, numa só palavra qualidade.
Quem por norma tem o poder, tem por obrigação deitar um olhar muito concreto sobre os verdadeiros problemas da população, baseando as suas intervenções em leituras correctas de mercado, fazendo levantamentos exaustivos das necessidades existentes para que a sua acção seja eficaz e venha ao encontro do desenvolvimento e do progresso.
Infelizmente, nem sempre é assim, o poder serve realmente clientelas, mas não são aquelas onde o meu amigo está nem eu.
A politica de turismo não pode ser vista isolada de um conjunto de outras que a complementam, porque por si só não resolve nem é resolvida. A criação de infra-estruturas direccionadas para o turismo como: parques de merendas e de lazer, parques verdes de embelezamento, anfiteatro ao ar livre, parques infantis com equipamentos diversificados, salas de espetáculo, ringue de patinagem, campos de ténis, campo de golfe ou mini-golfe, piscina, poli-desportivo condigno, mercado limpo e higienicamente tratado e outras, não podem andar de costas voltadas para questões de ambiente, saneamento, renovação de equipamento do fornecimento de água e electricidade, acesso viário etc., etc., etc..
Paralelamente, turismo sem elaboração de um Plano Turístico que abranja a promoção e divulgação de S. Martinho, mesmo para lá da época de verão; a mobilização de empresários do ramo hoteleiro e sectores similares oferecendo-lhes condições especiais de investimento na região e em particular em São Martinho do Porto; a criação de circuitos turísticos na vila e até na região; a reconstrução de património da freguesia de interesse histórico, como o outeiro, ou a capela de Stº António, ou o Cruzeiro e a sua área envolvente; a construção de um coreto; a criação de uma Agenda de actividades culturais e de animação da vila, não me parece que venha a ter qualquer efeito prático.
Por outro lado, há que tirar partido desse cenário natural que é a nossa baía, e incentivar uma maior oferta de desportos náuticos não poluentes, apoiando as instituições que directa ou indirectamente a estas actividades estejam ligadas. Um programa de animação de praia, com animadores culturais, e que até são possíveis de arranjar através do Ministério da Cultura a custo zero. Uma eficaz programação de ocupação de tempos livres dos nossos jovens e tantas, tantas outras iniciativas que fazem falta a São Martinho do Porto.
Mais e melhor apoio ás Associações da terra, incentivando-as e acarinhando-as nas suas iniciativas
E mais não escrevo meu caro, porque esta resposta já vai longa e tinha-mos aqui assunto para mais de uma semana de debate.
Um abraço
António Inglês

Anónimo disse...

Senhores

Turismo, cultura e ambiente lúdico em S. Martinho ?

Perdoem-me a ignorância, mas alguém pode em boa verdade sentir que os nossos ilustres governantes queiram discutir seja com quem for estes temas?

Acho interessante que se troquem impressões neste blog e até em outros locais, mas esperar que alguém nos dê atenção?

Meus caros, caiam na real. O desenvolvimento turístico de S. Martinho é e será aquele que o Presidente da Câmara de Alcobaça quiser.

Ele e mais não sei quantos empreiteiros que por força do seu poderio empresarial vão condicionando a vontade de todos nós.

Lembro-lhes que, por exemplo, em Assembleia de Freguesia, portanto no local próprio, foi aprovada a feitura de um programa de animação lúdica e cultural para a nossa Vila.
Quando mais tarde o executivo foi questionado por ele, sabem qual foi a resposta?
- Não foi aprovado nada e esse programa envolve dinheiro e deve ser feito pela Câmara Municipal de Alcobaça. Talvez não fossem exactamente estas as palavras, mas a ideia foi esta, disso tenho a certeza porque estive presente.

Estimo as melhoras.
VENTOS DA BAÍA

António Inglês disse...

Caros amigos de S. Martinho do Porto.

As politicas, sejam elas quais forem, combatem-se com ideias, sugestões e acções.

A teoria fica-nos bem mas sem soluções e sugestões concretas não vamos a lado nenhum.

A critica pela critica não é o caminho mais certo.

Desculpem esta intromissão mas gosto mesmo muito de S. Martinho.
Quem é que não gosta e parece-me que essa terra está a precisar de um verdadeiro "tsunami" que limpe muito do que se encontra mal.

Um abraço a todos e boa semana.

José Gonçalves

Anónimo disse...

Caro António

Em primeiro lugar quero agradecer-lhe o elogio e o seu contributo para o início desta conversa, que certamente não irá terminar hoje  e contará, espero eu, com a participação de outras pessoas que vivem S. Martinho, como nós.

Concordo plenamente com os aspectos que focou para o arranque e a dinamização do turismo.
Em meu entender, Tem também toda a razão, quando diz que esta questão não pode ser vista isoladamente, indo ao encontro das questões que deixei em aberto, concretamente, os quatro primeiros pontos de explanação.
Não sou tão céptico como o amigo António, quando não acredita nos resultados a obter, após a realização das iniciativas que refere.

Há muitas acções a realizar, partindo da iniciativa privada, quer a nível individual, quer a nível colectivo, as quais, depois de concretizadas, são um “belo guardanapo” para determinadas entidades e pessoas que as representam!... E com o tempo, como todos esperamos de um sistema democrático, se reflecte nos resultados eleitorais.

Claro que se espera que as edilidades nos facilitem a vida, mas deixo uma pergunta, não haverá muitas iniciativas que podem ser tomadas a nível privado?
Estou por exemplo a lembrar-me de associações que podem ser feitas pelos comerciantes, visando planos de comunicação!...
Acções que podem ser feitas pelos comerciantes, promovendo em conjunto o consumo e a afluência de pessoas... Parece-me no entanto, que em S. Martinho se teme muito a concorrência do vizinho do lado!...

Leio nas vossas palavras, considerando também as palavras do(a) Ventos da Baía, a quem agradeço desde já o comentário, um descrédito grande relativamente aos resultados que se possam obter, com qualquer iniciativa!...

Parece-me que baixar os braços perante as situações anómalas, dúbias, amorfas, de resistência por qualquer motivo, só trará força a quem convém viver desta forma.

António, o amigo citou uma série de situações, das quais destaco uma que se prende com o meu comentário anterior. Refere-se à possibilidade de usar animadores culturais, gratuitamente. Porque haveremos de estar à espera que seja a Junta a fazer os programas culturais?

A Junta não faz nada?...procuremos alternativa
Existe uma Casa da Cultura em S. Martinho?... Não faz nada?...
Existem clubes em S. Martinho?.. não fazem nada?...
Quem mais pode “ganhar” com estas iniciativas?...
- Pais, comerciantes, associações e agremiações desportivas... Porque não metem as mãos à obra?...

Falou em prestar apoio às associações da terra?... Sabe que a Junta e a Fundação, prestam todo o apoio ao Concha Azul, disponibilizando, por exemplo transporte para deslocação das diversas camadas de desportistas desta agremiação. É de enaltecer esta atitude. Mas sabe que os escuteiros por várias vezes tentaram transporte para deslocações a encontros com outros agupamentos e ... conseguiram sempre... o transporte dos pais!..
Isto para vos dizer que, para além da Junta, também algumas instituições particulares, parece estarem de costas viraradas para S. Martinho!...

Não neste forum, mas um dia, pessoalmente, poderei dar-lhe exemplos de iniciativas privadas, realizadas individualmente ou colectivamente, que resultaram em pressão para as entidades públicas e privadas relacionadas, “obrigando-as” a agir em conformidade. Refiro-me sucintamente, a uma pessoa no Alentejo, hoje presidente de uma Câmra Municipal, por imposição dos cidadãos, pois não tem filiação partidária, em virtude do trabalho que realizou para o desenvolvimento de vários sectores de actividade. Chama-se Mata Cáceres para quem quiser investigar.

Enfim, saí um pouco do formato que pretendia, ou seja, apresentar e discutir acções possíveis, pois parece-me existir um certo desânimo generalizado. É também com o intuito de poder ajudar, para já, discutindo algumas questões pois estou afastado do cerne da maioria dos problemas graves que devem estar a ocorrer em S. Martinho, mas não me furto a participar activamente em acções que, estando dentro das minhas limitações, possa dar o meu modesto contributo.

Um abraço

Kamikase

Anónimo disse...

Caros Ventos da Baía e José Gonçalves,

Concordo convosco. É necessário agir!.. Mas como?... Antes de mais é necessário ter objectivos, prioritizá-los. Saber como os atingir, ou seja, o que fazer, como fazer, quando fazer e com quem o fazer.

Parece-me que nesta fase estamos a apresentar ideias e argumentá-las. Certamente que não será neste fórum, que se apresentarão estratégias e planos de acção detalhados, em todo o caso, as ideias ficam, as pessoas expressam-se, e a vontade de concretizar as ideias é também registada. A partir daqui, caberá a cada um de nós que se encontra aqui a escrever, avançar... ou a parar!...

Ventos da Baía, permita-me que lhe coloque as seguintes questões:
Quantas estâncias balneares estão sob a jurisdição da C. M. de Alcobaça?..
Quanto pode representar em termos de receitas camarárias o desenvolvimento turístico de S. Martinho do Porto? (Estou a falar em receita marginal).
Acha que é desprezível o desenvolvimento turistico de S. Martinho para a C. M. de Alcobaça?

Um abraço

Kamikase

ana caldeira disse...

penso que o artigo deste amante de s.martinho tem tomates para andar. Como se consegue? colaboração entre a população e as autoridades.
~vamos a questões práticas. Sexta-feira passada cerca da meia-noite, ~tivemoa uma bela supresa. Após 2 anos de reclamações, não precisei de acender uma lanterna para meter a chave à porta. A invenção de Thomas Edison tinha chegado, finalmente, á minha rua. Peço desculpa aos funcionários da edp e da junta da freguesia por ter sido mais chata..
Até breve
ana caldeira

Anónimo disse...

Meus caros

Não tenho dúvida de que este local se está a tornar cada vez mais interessante e sobretudo com novos visitantes.
Ainda bem, é sinal de que a democracia está a funcionar, como disse a nossa amiga Alzira.
Quero apenas desejar-lhes um bom resto de semana porque me vou ausentar mas lá para o fim de semana terei todo o gosto em responder ao nossos amigo Kamikase.
Um bom fim de semana e meu caro amigo eu não me sinto rendido, sinto antes que quem por cá tem andado envolvido em muitas actividades em prol de São Martinho, e depois não sente nem o feedback da sua acção, nem vontade das forças vivas da terra em colaborar seja no que for, chega a uma altura que desmoraliza e perde o gás...daí a desmotivação e a desilusão...
Oportunamente falaremos das várias Associações de S. Martinho, talvez depois disso perceba um pouco do que tento transmitir-lhe.
Um abraço e bom fim de semana
António Inglês

Anónimo disse...

Caro António,

Não quero que se sinta rendido, porque não o quero vencer, em nada.

Quero apenas juntar-me a si e a outros tantos que sentem S. Martinho.

Seu eu puder voltar a dar-lhe força, então venci alguma coisa, o seu desânimo.

Bom fim de semana e um abraço.

Kamikase

Ernesto Feliciano disse...

Caríssimos,

Um dos aspectos que temos forçosamente que abordar ao analisar este tema, tem a ver com as infra-estruturas, ou melhor a falta delas: equipamentos desportivos, espaços verdes, espaços culturais...

São áreas muito carenciadas na freguesia.

Alzira Henriques disse...

Feliz iniciativa esta discussão salutar promovida por pessoas que se interessam por S. Martinho do Porto.
Quase que me sinto aqui a mais, uma vez que, embora sendo filha e residindo no Concelho de Alcobaça, não sou de, nem resido em SMP.
Mesmo asssim, não me contenho e sempre terei que dizer algo.
Em primeiro lugar e, previamente à discussão de desenvolvimento de ideias ou projectos turísticos, parece-me que os governantes da vila e a Câmara Municipal de Alcobaça têm que apostar no desenvolvimento das condições de vida das populações na vila, quer sejam elas residente permanentes ou temporários. Com efeito, as suas belezas naturais não são, nem serão no futuro, suficientes para a promoção desse desenvolvimento.
Mas, o que se tem visto em SMP é um constante proliferar de betão, traduzido em prédios altos que, em bom rigor ecológico, natural e até legal, não deviam ser construídos junto à marginal. As habitações tradicionais em vez de recuperadas com a sua traça original (e algumas delas de uma beleza muito especial) têm, portanto, vindo a dar lugar a investimentos de massificação habitacional que apenas geram lucros para os que se dedicam ao ramo imobiliário, sejam eles empreiteiros ou outros.
A baía de S. Martinho continua poluída, o que, sem dúvida, afasta dela tanto muitos moradores como muitos turistas.
O mercado municipal está, há bastante tempo, uma lástima.
Ainda existem problemas de saneamento básico na zona de S. Martinho.
Não existem iniciativas que desenvolvam culturalmente os residentes, quanto mais os visitantes...
Eu poderia continuar aqui a enumerar um rol de necessidades básicas mas, como todos as conhecem, escuso-me a isso.
O importante é que os governantes tenham método e saibam estabelecer prioridades.
E, já agora, não posso deixar de falar nas obras de "remodelação" da marginal. Será que, comparativamente a outras obras sociais, tão necessárias em S. Martinho do Porto para o bem-estar e vivência digna das populações, a dita obra constituia uma prioridade?
Meus Senhores, para mim, CLARAMENTE NÃO. Mas, como os interesses económicos individuais ou de grupos restritos têm prevalecido no nosso concelho, a verdade é que vamos ficando cada vez mais pobres em bem-estar, cultura e participação cívica, e mais endividados com obras que apenas servem para justificar gastos e mais gastos e/ou promover campanhas eleitorais.

Ernesto Feliciano disse...

Cara Ana Caldeira,

Obrigado pelo seu comentário.
Espere que esteja a gostar do seu conteúdo.

2 anos dá para desesperar …

Ernesto Feliciano disse...

Amiga Alzira,

Não se sinta nada a mais, a sua presença, como sabe, é sempre muito bem-vinda.

Felizmente o blogue está a conseguir fazer uma coisa essencial – a participação e discussão de temas sobre São Martinho do Porto.

Com este diálogo certamente que se conseguirão sinergias para a melhoria da freguesia.

O próximo passo, que está ainda na fase embrionária, será a criação de uma tertúlia.

Penso que o inicio estará para breve.

Anónimo disse...

Meu caro kamikaze


Como eu gostaria de lhe dizer:
- Óptimo, tem toda a razão e só falta mesmo é dar-mos as mãos, unir esforços e a coisa vai...
Como eu gostaria, acredite.
No entanto, eu já tenho 14 ou 15 anos de São Martinho, na sua maioria em participação activa em diversas frentes e em algumas que focou.
Poderei dizer-lhe que estive ligado Associações desta terra e que me orgulho muito do trabalho que eu e os meus colegas de então conseguimos fazer, nomeadamente na Casa da Cultura, no Rancho Folclórico e Etnográfico de São Martinho, na Associação de Pais e Amigos da Escola EB 2+3 e também quando me vi envolvido em duas campanhas eleitorais para a freguesia.
Como poderá constatar, já tenho a minha conta, a minha dose.
Tive a felicidade de acompanhar o Ernesto Feliciano nestas últimas eleições e por isso acredito que o timoneiro de que esta terra necessita está encontrado.
Continuo a apoiá-lo e a ajudá-lo no que puder, e ele sabe disso, daí o ter-lhe dito a si que não me rendia.
Lentamente, as coisas estão realmente a mudar. Só o facto de estarmos aqui a falar através deste blog é já sinónimo de mudança.
Gostaria é que a população entendesse de uma vez por todas, quem na verdade pode e deve comandar esta onda de mudança, para lá de todos os problemas que possam vir a desenrolar-se.
Mas meu caro, muitos apenas sabem movimentar-se na sombra, e quando as coisas começam a ficar mais claras e mais apetecíveis, lá aparecem em bicos de pés para tirarem partido das fragilidades da situação.
Quanto ao apoio às Associações de que falei, continuo com a mesma opinião, elas precisam mesmo de ser ajudadas, e acredite que muitas têm trabalho feito e meritório. Os apoios é que não são todos por igual.
Afirmou o meu amigo no seu comentário que, a Junta e a Fundação apoiavam o Concha Azul, pelo menos nos transportes das camadas jovens, acrescento eu. Pois creio que sim que a Junta mantém esse apoio, agora a Fundação creio que já deixou de o prestar.
Como refere, os escuteiros não têm direito a esse apoio. Pois não meu caro, umas são mais Associações que outras. Procure saber das razões desta diferente maneira de tratar algumas delas e por certo que encontrará a resposta.
Falou também na Associação de comerciantes... pois bem ela existe, até apareceu com uma dinâmica digna de elogio..mas onde está agora? que fez para além do meteorito que fez cair com estrondo no areal da praia?
É como diz meu caro, por cá
olha-se muito para o vizinho do lado.
Quanto ao programa de animação de Verão e não só, esse programa já foi defendido por não sei quantas entidades, e sem resposta. Uma houve que se intitulou de Associação de Verão de S. Martinho constituída por "tios, filhos dos tios, pais dos tios, primos dos tios, tios dos tios, sobrinhos dos tios, amigos dos tios e mais alguns tios" que a memória não me ajuda a encontrar. Esta Associação teve até apoios da Câmara Municipal de Alcobaça. E confesso que se ouviu falar de S. Martinho do Porto em dado momento, mas que e quais os benefícios que a actividade desta associação trouxe a S. Martinho? Aliás 90% das suas iniciativas foram, e ainda são presumo, levadas a efeito fora de s. Martinho.
Meu caro, este é o cenário que existe por cá. Muito há a mudar. Acredito de que seremos capazes. A sua ajuda é imprescindível, por isso estamos, estou, sinceramente ao seu dispor para colaborar também consigo naquilo que tenho vindo a fazer ao longo destes anos, a defesa dos interesses e do desenvolvimento e progresso de São Martinho do Porto
Um abraço
António Inglês

Anónimo disse...

Minha querida amiga Alzira

Este meu comentário é especialmente para si.
Nunca mais diga que se sente a mais.
A sua acção e as suas opiniões são e serão sempre bem vindas a esta terra, estou certo.
S. Martinho é de todos nós, até mesmo daqueles que não a vivem como nós.
O Ernesto já lhe expressou este sentimento, eu apenas achei que o devia reforçar.
Um grande abraço
António Inglês

Lúcia Duarte disse...

olá meus amigos,
lá vou eu colocar a foice em seara alheia.
tal como foi referido num dos comentários anteriores, há que dar sugestões para mudar o estado das coisas e há coisas que podemos fazer sem intervenção directa do poder local.
não percebo nada de economia e muito menos de politica.
a nivel de cultura, vou tentando cultivar-me absorvendo os saberes que cada um de vocês, diariamente, me vão transmitindo.
mas, numa coisita posso ajudar: dar uma ideia para ocupar as crianças e os avós em simples ateliers de cerâmica, artes plásticas, etc.
a ideia passa só por um espaço, uma mesa, papel, cola, lápis e barro.
nada que a nivel particular, meia dúzia de pessoas não possam suportar, económicamente.
com este tipo de ateliers não só os ocupamos como os ajudamos a ganhar sensibilidade para os materiais que a mãe natureza nos dá e, muito importante (no meu entender, claro) voltar a juntar a sabedoria dos avós e a vontade de viver dos mais pequeninos.
é uma das ideias que estamos a tentar implementar na deserta vila de Aljubarrota.
e porque não aí, onde a faixa etária é tão diversificada?
se um dia pensarem nisso, podem contar com a minha modesta ajuda.

Anónimo disse...

Olá Lúcia

Acabo de ler o seu comentário que me deixou sinceramente optimista, não só pela sugestão, mas também pelo facto de oferecer a sua ajuda.
Meu caro Ernesto, acho esta ideia excelente e poderíamos aproveitar, não só os conhecimentos da nossa amiga Lúcia como a sua preciosa ajuda.
Pela minha parte estou já do vosso lado e ao vosso dispor se entenderem que podemos pô-la em marcha cá por São Martinho do Porto.
Desde já a informo que tentarei estar na terça feira em Alcobaça e também lhe quero deixar um convite para o 1º encontro da TERTULIA que estamos a preparar em S. Martinho, e muito honrados ficaríamos que nos presenteasse com a sua presença. Seria até talvez uma excelente oportunidade para trocar-mos mais e melhores opiniões sobre a sua sugestão.
Um abraço
António Inglês

Lúcia Duarte disse...

olá antónio inglês,
a minha oferta é do coração. não há nada que goste mais de fazer do que transmitir o pouco que sei aos outros.
cá vos espero! e vamos todos ajudar a divulgar as bonitas freguesias de alcobaça pelos melhores motivos: o que têm de melhor através das diversas artes.
quanto ao 1º encontro da tertulia fico honrada com o convite e tudo farei para estar presente.
até amanhã!