O concelho de Alcobaça foi considerado a melhor solução para receber a futura unidade hospitalar da zona Oeste-Norte, segundo um estudo da Escola de Gestão do Porto, pedido pelo Ministério da Saúde.
O estudo, elaborado para a Estrutura de Missão Parcerias Saúde, recomenda que o novo hospital, que deverá ter uma capacidade para 200 camas, se localize no terreno identificado pela Câmara de Alcobaça, no lugar de Alfeizerão. O local situa-se a 15 quilómetros a Norte das Caldas da Rainha e a 12 minutos de distância desta cidade por auto-estrada.
De acordo com o documento, a localização é considerada "excelente, a poucas centenas de metros do nó da A8 e a cerca de 3,5 quilómetros de um centro populacional de alguma dimensão e importância turística: a freguesia de S. Martinho do Porto".
A opção escolhida no trabalho entregue ao Ministério da Saúde foi a de propor para toda a região Oeste duas unidades hospitalares de dimensão mais reduzida: um hospital Oeste-Sul e um hospital Oeste-Norte. Embora sejam recomendadas melhorias, o hospital de Torres Vedras reúne, para a equipa que elaborou o estudo, as condições para ser o hospital Oeste-Sul constituindo-se como uma solução para os concelhos de Torres Vedras, Lourinhã, Cadaval e Mafra. Relativamente à zona Norte, as conclusões do estudo dizem que não será possível contar com o hospital de Alcobaça, por falta de condições, tendo a população que se dirigir a Caldas da Rainha ou a Leiria.
O trabalho defende ainda que o Centro Hospitalar das Caldas da Rainha também não tem condições para se constituir como uma solução sem que sejam realizados investimentos consideráveis. A construção de raiz da nova unidade permitirá, segundo o documento, libertar as actuais instalações do hospital de Alcobaça, que deverão ser devolvidas à Misericórdia local, e do hospital das Caldas da Rainha que reverterão para o património do Estado.
Para os responsáveis do estudo coordenado pelo ex-ministro socialista Daniel Bessa, com a construção do novo hospital "parece impossível manter o hospital São Gonçalves Telmo em Peniche (...) por razões de falta de escala".Por outro lado, enquanto o novo hospital não estiver construído, a curto prazo "o mais provável é dar-se o encerramento do hospital de Alcobaça e a consequente sobrecarga para o hospital das Caldas da Rainha". Nestas circunstâncias, o hospital de Peniche ganha "uma importância acrescida". "O hospital de Peniche poderá constituir-se como uma retaguarda do Centro Hospitalar das Caldas da Rainha", defende o documento.
Na região Oeste, as unidades de saúde hospitalares existentes situam-se nos concelhos de Alcobaça, Caldas da Rainha, Peniche e Torres Vedras.
A população abrangida é de 398 mil habitantes que residem nos concelhos de Alcobaça, Bombarral, Caldas da Rainha, Mafra, Nazaré, Óbidos, Peniche, Alenquer, Arruda dos Vinhos, Cadaval, Lourinhã, Sobral de Monte Agraço e Torres Vedras.
ARS concorda com estudo mas diz que "não é um assunto fechado"A Administração Regional de Saúde (ARS) de Lisboa e Vale do Tejo concorda com a sugestão do estudo mas o seu presidente, António Branco, diz que "não é um assunto fechado", podendo vir a ser construído no concelho de Alcobaça ou no de Caldas da Rainha.
A construção do novo hospital Oeste-Norte também foi apontada anteontem pelo ministro da Saúde, Correia de Campos, durante o programa de televisão “Prós e Contras” da RTP1. O ministro disse que a curto prazo, se não houver oposição das câmaras municipais, será primeiro constituído um novo Centro Hospitalar que integre Alcobaça, Peniche e Caldas da Rainha, sendo que "o objectivo é construir um hospital novo".
O presidente da ARS de Lisboa e Vale do Tejo afirmou esperar que "em Março entre em funcionamento a administração do novo centro hospitalar" que integre as unidades de saúde hospitalares dos três concelhos.
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4 comentários:
Alcobaça congratula-se com proposta localização novo hospital
O presidente da Câmara de Alcobaça (PSD) congratulou-se hoje com a proposta de construção do novo hospital Oeste-Norte no seu concelho afirmando que a proposta, que consta de um estudo entregue ao Ministério da Saúde, beneficia a região.
A construção de um hospital no concelho de Alcobaça, junto à auto-estrada A8 (Lisboa/Leiria), é a solução defendida para a melhoria da capacidade hospitalar da zona Oeste-Norte, segundo um estudo da Escola de Gestão do Porto efectuado a pedido da tutela.
«A região tem a ganhar com um hospital que fica a 1600 metros do nó da auto-estrada A8, via que é o eixo de ligação de todo o Oeste, e situado já na fronteira com Caldas da Rainha», disse à Lusa o autarca Gonçalves Sapinho.
O presidente da Câmara adiantou que apresentou uma proposta ao coordenador do estudo, Daniel Bessa, «de um terreno que não necessita de escavações a não ser que pretendam construir um parque de estacionamento subterrâneo».
«se o Ministério da Saúde entender o terreno será cedido, e se entender que deve ser estabelecida uma parceria a autarquia estará aberta a negociar», disse Gonçalves Sapinho.
Contactada pela Lusa, a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo concorda com a sugestão do estudo mas o presidente da ARSLVT, António Branco, disse que «não é um assunto fechado», podendo vir a ser construído no concelho de Alcobaça ou no de Caldas da Rainha.
No estudo a que a Lusa teve acesso é referido que a questão da localização se revelou «difícil de resolver» com as duas Câmaras Municipais - Alcobaça e Caldas da Rainha - «a esgrimirem argumentos em favor da localização no seu concelho».
A equipa responsável pelo documento «viu-se confrontada com a disponibilidade de dois terrenos de dimensões idênticas (11 e 13 hectares)».
E considerou a localização de Alcobaça «excelente» por se situar, «a poucas centenas de metros do nó da A8 e a cerca de 3,5 quilómetros de um centro populacional de alguma dimensão e importância turística: a freguesia de S. Martinho do Porto».
Segundo o estudo é sugerido que se construa um hospital médico-cirúrgico com capacidade para 200 camas.
Diário Digital / Lusa
Escolha de Alcobaça não acontecerá por acaso
O estudo encomendado pelo Ministério da Saúde sugere Alcobaça para a localização o novo Hospital da zona Oeste-Norte.
O estudo elaborado pela Escola de Gestão do Porto, coordenado por Daniel Bessa, aponta um terreno, apresentado pela Câmara, que fica a 1600 metros do nó da Auto-estrada 8 (Lisboa/Leiria), a 3,5 quilómetros da freguesia de S. Martinho do Porto.
Gonçalves Sapinho prefere economizar nos comentários à sugestão do estudo mas adianta que se se confirmar a escolha de Alcobaça que esta não acontecerá por acaso. Segundo o Presidente da Câmara, Alcobaça tem trabalhado, nos bastidores, para se tornar numa alternativa às ofertas de outros concelhos e aguarda, a qualquer momento, a visita dos responsáveis pela ARS de Lisboa e Vale do Tejo a quem quer mostrar, mais uma vez, o terreno que a Câmara vai adquirir para a instalação do Hospital.
A Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo concorda com a sugestão do estudo. O presidente da ARS, António Branco, adianta, contudo, que o assunto ainda não está fechado já que a nova unidade tanto pode ser construída no concelho de Alcobaça como no de Caldas da Rainha.
In www.cister.fm
Deputado de Alcobaça defende Hospital nas Caldas da Rainha
O Deputado Municipal Independente, José Serralheiro, autor da ideia de criação de um Hospital único para servir a zona oeste-norte, aponta Caldas da Rainha como a melhor solução.
Ao contrário do que defendeu no início, o gestor considera que o concelho das “Caldas da Rainha tem uma centralidade indiscutível” para servir os vários concelhos que Alfeizerão não tem. Por outro lado, adianta o alcobacense, a construção da unidade de saúde naquele concelho rentabiliza meios humanos e financeiros e poupa o ambiente. Pelas contas de José Serralheiro, o Hospital nas Caldas da Rainha poupará 1.320 toneladas de emissões de C02 para a atmosfera.
O deputado chegou a defender a localização em Alfeizerão mas mais tarde defendeu que as Caldas da Rainha eram melhor em termos económicos e ambientais, adiantando, agora, que a freguesia do concelho de Alcobaça é “pantanosa, sujeita a inundações, e que nenhum engenheiro escolheria aquele local” para a instalação de uma nova unidade de saúde da dimensão e importância da que está prevista.
A Câmara Municipal de Caldas da Rainha também já classificou de “absurda” a eventual escolha de Alcobaça para a localização do novo Hospital.
In www.cister.fm
Fernando Costa considera “absurda” a escolha de Alcobaça.
Caldas da Rainha aponta falta de “centralidade” e “más acessibilidades” a Alfeizerão para rejeitarem a vila como sede do futuro Hospital Oeste-Norte.
A cidade de Caldas da Rainha considera “absurda” a eventual escolha do concelho de Alcobaça para a localização do futuro Hospital da zona oeste-norte.
As acessibilidades e a centralidade são as principais críticas de Fernando Costa à eventual escolha de um terreno a alguns de São Martinho do Porto.
O Presidente da Câmara de Caldas da Rainha considera, ainda, que nenhuma localidade da região deve ser escolhida para sede do mega Hospital com base no critério de estar próximo de uma auto-estrada.
O estudo elaborado pela Escola de Gestão do Porto, coordenado por Daniel Bessa, aponta um terreno, apresentado pela Câmara, que fica a 1600 metros do nó da Auto-estrada 8 (Lisboa/Leiria), a 3,5 quilómetros da freguesia de S. Martinho do Porto, para a instalação do Hospital da zona oeste-norte.
O anúncio desta escolha provocou fortes criticas do alcobacense José Serralheiro. O deputado municipal, autor de um projecto com mais de 10 anos que defende a reunião de várias especialidades numa única unidade de saúde com 250 camas no Oeste, considera que Caldas da Rainha têm uma centralidade indiscutível para esta obra.
In www.cister.fm
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