sábado, setembro 08, 2007

Golfinho surge na baía...


As hipóteses de sobrevivência do golfinho bebé que apareceu na tarde de quinta-feira na Baía de São Martinho do Porto são reduzidas. Os técnicos estão, contudo, a acompanhar a todo o instante a evolução do bebé.
Marina Sequeira, coordenador do Instituto de Conservação da Natureza (ICN), entidade que recolheu o mamífero e está a tratar da sua sobrevivência, diz que se trata de uma das espécies mais comuns a viver ao largo da costa portuguesa, e de mais uma vítima das redes de pesca.
O golfinho ainda bebé, com apenas 80 centímetros de comprimento, apareceu na Baía de São Martinho do Porto por volta das treze horas de quinta-feira. Quando foi recolhido pelos técnicos do ICN apresentava vários ferimentos, alguns de redes de pesca e outros provocados por outros animais marinhos. Apresentava também problemas de flutuabilidade. De acordo com Marina Sequeira, “se se provar que ele esteve preso por redes de pesca, as hipóteses de sobrevivência são ainda mais reduzidas pois podem significar que o bebé está com problemas nos pulmonares”.
O mamífero foi recolhido três horas depois de ter sido dado o alerta pela Polícia Marítima. Foi estabilizado ainda no local e transportado, de seguida, para o Centro de Recuperação do ICN em Quiaios, na Figueira da Foz.
Estas ocorrências, conhecidas por arrojamentos, são comuns na costa do concelho. Desde Março de 2004 já se registaram 35 casos de vítimas das redes de pesca.
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Ler em comentários o esclarecimento do Dr. José Vingada - Presidente da SPVS.
01/10/2007

6 comentários:

António Inglês disse...

Não sei se é bom sinal ou se é mau.
Se ele entrou por ter encontrado as águas da Baía a convidá-lo será bom.
Se ele entrou por ter sido arrastado por redes de pesca, como parece ser o caso é mau.
Tenho pena se o golfinho não sobreviver.
José Gonçalves

António Inglês disse...

Ernesto

No dia de hoje, não posso deixar passar em claro esta data tão trágica na história da Humanidade.
Que os homens se envergonhem por actos como os que aconteceram em 11 de Setembro de há seis anos atrás nas Torres Gémeas de Nova York.
Que as vitimas descansem em paz.
José Gonçalves

Ernesto Feliciano disse...

O golfinho continua a recuperar no Centro de Quiaios

O golfinho que deu à costa na passada quinta-feira, na Baía de São Martinho Porto, ferido e com dificuldades em manter-se à superfície, continua a recuperar no Centro de Quiaios, na Figueira da Foz, pelas mãos da equipa do biólogo José Vingada.

A preocupação dos biólogos é, agora, a de evitar uma pneumonia no golfinho que ficou preso em redes de pesca e quase morreu e, provavelmente, terá água salgada nos pulmões.

Apesar do “prognóstico reservado” e que a qualquer instante pode sofrer alterações devido a complicações que possam surgir na saúde do golfinho, que foi arrojado, isto é, vítima das redes de pesca. O golfinho está a recuperar bem e sob a observação da equipa de biólogos durante as 24 horas do dia, mas o prognóstico será sempre reservado num período de 30 dias. Se tudo continuar a correr bem, admitem os biólogos, poderá ser devolvido à natureza dentro de pouco mais de um mês.

A equipa do biólogo José Vingada é a única a recuperar animais selvagens feridos que dão à costa desde o litoral oeste até ao norte do país.

As verbas para a investigação são cada vez menos e muitos dos animais feridos por acção do homem podem perder a ajuda de especialistas.

In www.cister.fm

Anónimo disse...

Estimado Ernesto Feliciano:

Recentemente chamaram-me a atenção para a sua noticia num blogue
sobre o Golfinho que surgiu na Baía de S. Martinho, que infelizmente
apresenta uma série de erros que é necessário corrigir a bem de uma
informação de qualidade.

A Dr. Marina Sequeira é coordenadora da área de Mamíferos MArinhos do
ICNB. Infelizmente não foi esta a instituição que recolheu o golfinho
em S. Martinho e muito menos não é esta a instituição que o está a
recuperar. O ICNB é a instituição do estado que coordena
superiormente tudo que esteja relacionado com espécies protegidas e
delega noutras instituições todo o processo de reabilitação. O ICNB
raramente aparece no campo, já que não tem técnicos suficientes.

O animal foi recolhido pelos técnicos do Centro de Reabilitação de
Animais Marinhos - CRAM/Quiaios da Sociedade Portuguesa de Vida
Selvagem (www.socpvs.org). Esta entidade cientifíca é a única
entidade credenciada no centro e norte de Portugal para apoiar e
intervir na reabilitação de animais marinhos. O centro de Quiaios não
é do ICNB.

Na verdade desde 2005, que o ICNB (antigo ICN) não apoia com um
centavo que seja a reabilitação dos animais. Infelizmente esta
instituição é legalmente a tutora destes animais, mas se não são
instituições como a nossa, estes animais morriam na praia. Para
fazermos aquilo que é obrigação do estado temos de chegar a pedir
empréstimos bancários. Só em Portugal!

O golfinho não têm 80 cm, mas sim 1,20 cm. Não é bébé, mas juvenil
com mais de 8 meses.

Na verdade, estes animais têm poucas hipóteses de sobreviver, mas
senão tentar-mos, então as hipóteses são nulas. Para sorte dele, este
animal está a recuperar e já vai no 26º dia de reabilitação, o que é
um record para esta espécie em Portugal.

Grato pela atenção dispensada e pela sua divulgação deste arrojamento.

José Vingada

Presidente da SPVS
Prof. Auxiliar da Univ. do Minho

Ernesto Feliciano disse...

Dr. José Vingada,

Desde já os meus agradecimentos sobre o vosso esclarecimento.

Esta notícia a que se refere e que foi editada no blogue, tem como fonte, tal como é evidenciado no final do artigo a rádio Cister de Alcobaça (www.cister.fm).

Ernesto Feliciano disse...

Ficamos muito satisfeitos de a reabilitação do golfinho estar a ser um sucesso.

Espero que assim continue.