sexta-feira, março 28, 2008

Cães matam ovelhas em explorações...

Matilhas de cães, onde chegam a andar mais de vinte em grupo, estão a invadir explorações agrícolas na zona de São Martinho do Porto e a matar todo o gado que encontram pela frente, deixando desesperados os proprietários, que estimam os prejuízos em milhares de euros, para além de lamentarem o cenário de “autêntica chacina” com que se deparam.“Já fomos atacados duas vezes. Numa delas vi 23 cães. Houve bastante baixas. Foram comidas oito ovelhas adultas e outras que foram mordidas tiveram partos prematuros, e tanto elas como as crias morreram. Um borrego também teve de ser abatido, porque estava a ser comido. Cinco ovelhas sobreviveram mas foi uma despesa enorme em tratamentos”, descreveu Celeste Gonçalves, proprietária de uma exploração na povoação de Macarca.“São cães de porte médio que devem ter sido abandonados por caçadores”, supôs, adiantando que os animais passaram por uma parte da vedação que estava furada.“Eles andam por aí, ouvimo-los à distância, mas não os vemos. Ladram muito e devem andar pelos pinhais”, indicou. “São mesmo selvagens”, manifestou, indignada.Américo Almeida, dono de uma quinta na Serra dos Mangues, diz que foram vistos “treze cães grandes, parecidos com os pastores alemães, que furaram e saltaram a rede com um metro e vinte de altura e com arame farpado, e mataram quatro ovelhas e um cabrito”. “De uma das ovelhas só ficou a cabeça e uma égua foi também ferida no nariz”, relatou, entristecido com o sucedido.Carlos Sousa, que tem uma pequena exploração na mesma localidade, conta que os cães passaram “por uma rede de ferro e rebentaram a barriga de um carneiro, mataram cinco ovelhas, nove patos e treze coquichos e deram cabo de ovos de patas”. O lesado apresentou queixa na GNR de São Martinho do Porto.Os relatos de ataques do género são diversos nas povoações em redor, sobretudo em Rebolo, Vale Paraíso e Famalicão, e serão já cerca de quinze os proprietários afectados, apesar da maioria não ter ainda feito queixa às autoridades.
In Jornal das Caldas

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