quinta-feira, novembro 23, 2006

ECOS DO QUE SE VAI LENDO POR CÁ
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Já muitos têm escrito e falado sobre S. Martinho do Porto, porque está na moda, é de bom tom, sei lá, porque sentem o que dizem ou dizem o que sentem, por isto por aquilo,
por razões nobres, por razões fúteis ou simplesmente...porque sim!
Vem isto a propósito de alguns artigos de opinião que tenho lido ultimamente neste Região de Cister da autoria de uma empresária de nome Ana Branco, e que me têm vindo a causar alguma urticária, mas que sinceramente depois de ler coço... e passa.
Desta vez não, desta vez não passa. E não passa porque já li o seu último artigo de opinião “Entre Alcobaça e São Martinho” várias vezes e confesso não me deu para coçar, deu-me para esfregar os olhos para ver se estava a ler bem.
Agora sim, pensei eu, chegou finalmente um cavaleiro Branco a são Martinho que vai de espada em punho lutar e correr com estes tolinhos que por cá estão, quais hipócritas incompetentes de gostos e intenções duvidosas. Pensei eu.
Mas.... a história não se faz assim. Nós temos pela nossa terra alguns moinhos de vento com maior incidência ali para a Serra dos Mangues embora ao que sei muitos estejam desactivados e nem valha a pena combatê-los.
Permita-me Dª Ana Branco que me dirija a si na primeira pessoa, sem espinhas nem rodeios.
Gosto de algumas coisas que tem vindo a tratar nos seus artigos, verdades de La Palisse que nós os tontos cá do burgo não conhecemos, nunca falámos nem nunca nos batemos por elas. É que foi preciso V. Exa. ter chegado a São Martinho há oito meses para realmente se começar a descobrir o tanto que está feito e mal. E não só em São Martinho também em Alcobaça pelo que leio no seu artigo. Não me pergunte porque gosto do que V. Exa. escreve, gosto porque gosto e pronto. Agora é que vão ser elas. Que se cuidem os incautos Autarcas do Concelho.
Precisamos de gente assim, valente determinada e com vontade de encarnar até a Oposição. Sim a Oposição digo bem porque aquela que por cá anda não sabe o que faz, o que diz nem o que quer. E mais, o que pretende ou o que traz escondido. Malandros.
Sinto-me por isto muito mais seguro e descansado a partir de agora. Talvez por isso tenha tentado encontrar alguém em São Martinho que a conhecesse para nos apresentar pessoalmente. Por mais estranho que pareça não encontro ninguém que a conheça.
Mora ali para os lados do Vale do Guizo dizem-me uns. É daquela casa na rampa de Stº António dizem-me outros. Então não se lembra? Daquela casa da garagem? Da garagem, pergunto eu? Sim respondem-me, aquela do contencioso com a Junta.
Pois é mas por mais que puxe pela memória não consigo ver quem V. Exa. é. Sabe é que não a vejo muito por cá. Se calhar por estar cá só há oito meses. É pouco para nos conhecer-mos. Para V. Exa. não porque pelos vistos conhece muito bem a Terra, as suas gentes, os seus problemas, as assembleias extraordinárias e por ventura as ordinárias, mesmo sem ter lá estado alguma vez e provavelmente também me conhecerá a mim.
Logo eu que passo tão bem despercebido.
Tudo isto lhe dá o direito, sem mais nem menos, de pôr em causa a idoneidade dos membros, quer da Junta quer da Oposição e até da Câmara Municipal de Alcobaça. Assim sem mais nem menos. As conivências que V. Exa. descobriu em tão pouco tempo, pensa V. Exa. Bem pelo menos é sinal de que pensa.
Desta vez V. Exa. trata no seu artigo de desancar tudo e todos, à direita e à esquerda, abaixo e acima, poder e oposição, Arqtº Byrne, Presidente da Junta e Presidente da Câmara, sem papas na língua. Deixe que lhe diga que se esqueceu ainda de alguns, do Primeiro-ministro, do Presidente da Republica, do Governo, do Cardeal Patriarca de Lisboa, do Papa, do Bush eu sei lá. Força “amande-lhes” eles merecem.
Mais a sério gostaria de lhe deixar uma ou outra sugestão: em São Martinho todos fazemos falta e V. Exa. pelo que me é dado ver trás vontade, mas desça cá abaixo, junte-se a nós, tente conhecer os porquês dos Cães, dos Gatos, dos Computadores, venha às Assembleias de Freguesia, fale connosco, fale com o poder instituído, conheça-nos a todos, tente perceber as regras do jogo mas sobretudo se quer trabalhar como V. Exa. afirma no seu artigo, não entre pelo telhado. Temos cá em baixo uma porta. Bata à porta que nós atende-la-emos. É que nós somos Oposição, com muito gosto e muito orgulho, porque foi essa a vontade do povo. E somos democráticos, sabemos o que queremos o que não queremos, o que está bem o que está mal que infelizmente é muito, numa só palavra sabemos ser OPOSIÇÃO, rigorosa, clara, transparente, construtiva, firme e decidida mas sempre na defesa dos interesses da nossa Terra mas... limpinho.
Era fácil andarmos com artigos de opinião nos jornais, já o fizemos, mas não queremos ser protagonistas baratos de novelas de mau gosto. Estamos mais interessados em servir do que a ser servidos, não nos movem interesses pessoais nem particulares. Para nós o que nos interessa é São Martinho do Porto e sempre só São Martinho do Porto.
Com o devido respeito, venha cumprir as suas promessas junto de nós e connosco. Os problemas de que São Martinho enferma são realmente muitos, mas combatem-se aqui no terreno junto daqueles que já cá andam há uns aninhos e que não parecendo, estarão certamente a fazer o seu melhor e aquilo que acham ser o melhor para esta Terra.
A bem de S. Martinho do Porto, desejo-lhe as maiores felicidades e um até sempre também para si.

São Martinho do Porto, 22 de Abril 2006
António Inglês
in Região de Cister

1 comentário:

Anónimo disse...

Permitam-me aqueles que este artigo lerem que os esclareça que Ana Branco já teve oportunidade de me conhecer e de trocar algumas ideias sobre s. martinho, passado, presente e futuro.
Do diálogo resultou um entendimento entre nós interessante pois desta forma ficamos ambos a perceber melhor as ideias que no fim de contas nos unem e que em sintonia serão certamente benéficas para a nossa Vila de S. Martinho do Porto.
A. Ingles